INFORMAÇÃO SUMÁRIA

 

Padroeira: Santa Eulália.

Habitantes:  1.690 habitantes (I.N.E. 2011) e 1.734 eleitores em 06.2011.

Sectores laborais: Agricultura, pecuária e construção civil.

Feiras: 2º domingo de cada mês e Feira dos Santos (Novembro).

Tradições festivas: Santo António, S. Bento de Passos (3º domingo de Julho), Senhora de Fátima e Senhora do Mosteiró.

Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja Matriz, ponte romana, capelas de S. Bento da Devesa, do Fojo, da Laje, de S. Bento e da Quinta da Senhora da Ajuda, Forte, Ponte da Pedreira, Quinta e Convento de Mosteiró, Relógios de Sol e Ermida de “A Grova”.

Gastronomia:  Trutas do rio Minho, leite de creme e arroz doce.

Artesanato: Pirotecnia.

Colectividades: Associação Desportiva de Cerdal e Associação Juventude de Cerdal, “Os Camponeses Minhotos” – Grupo Cultural e Recreativo.

 

 

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

 

A Freguesia de  Cerdal, com uma componente de montanha muito acentuada, ocupa uma área de cerca de 2086 ha, sendo por isso  a maior do Concelho de Valença ao qual pertence, e dista aproximadamente sete quilómetros da vila de Valença, a sede do concelho.

Os seus limites estão estabelecidos da seguinte forma: a Norte, as freguesias de Arão e de Gandra. A Sul, as freguesias de Fontoura e de Ferreira (esta do Concelho de Paredes de Coura). A Nascente, as freguesias de Taião e de Porreiras (também esta do Concelho de Paredes de Coura). A Poente, a Freguesia de S. Pedro da Torre.

Os seus lugares principais são: Pedreira, Mira, Bogim, Vilar, Alderete, Gondim, Igreja, Bade, Gondelim, Bacelar, Gosende, Tarouba e Passos.

Falar de Cerdal e não fazer referência à sua feira no Largo de S. Bento, é omitir um dos seus maiores atractivos, visto que esta feira é visitada por clientes de todo o país e do estrangeiro, com especial destaque para os amigos a Galiza. Em especial a Feira dos Santos no dia 1 de Novembro, que faz parte das tradições do Alto-Minho.

Outras das suas importantes referencias são as excelentes paisagens que se avistam desde os seus lugares mais elevados sobre o vale do Minho.

 

RESENHA HISTÓRICA

 

O seu património edificado merece ser lembrado, desde a Igreja Paroquial, a várias capelas, relógios de sol e casas senhoriais. Destaque-se, ainda, o Convento de Mosteiró, do sec. XIV, de grande importância  histórica religiosa, e a Ponte Romana nos Caminhos de Santiago.

Especificamente acerca da história de Cerdal, e de forma sintética, sabe-se que os primeiros povos conhecidos nesta região datam do Paleolítico Antigo.

A romanização deixou a Ponte Romana sobre o ribeiro Mira, entre Passos e a Pedreira e alguns metros de uma calçada romana, em Passos. Esta via romana foi durante a Idade Media uma importante via de comunicação. Por ela passavam pelo menos, na parte correspondente a Valença, os Caminhos de Santiago, por onde transitaram peregrinos ilustres, entre os quais alguns monarcas.

Em meados do século XI, era Senhor de Alderete de Susão e Alderete de Jusão, em Cerdal, D.Guterre de Alderete, rico-homem galego, fundador da estirpe dos Silvas e Senhor da Torre de S. Julião da Silva.

Nas inquirições de 1258 Cerdal aparece como Santa Ovaia de Cerzal e incluída no couto e concelho de Valença. Embora em datas bem próximas, também no reinado de D. Afonos III (1248/1279) pertenceu ao Julgado e concelho de Froião.

Nos tempos dos reis D. Dinis e seu filho D. Afonso IV, existia a torre e solar dos Bacelares, propriedade de Martim Afonso Bacelar, morgado de Cubes e Bacelar.

No Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais da Torre do Tombo, pode ler-se na íntegra:

«Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, Cerdal, então denominada “Cerzal”, é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.

Em 1444, D. João I conseguiu do papa que este território fosse desmembrado do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta, onde se manteve até 1512. Neste ano, o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu a D. Henrique, bispo de Ceuta, a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho. Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta.

Quando entre 1514 e 1532, o arcebispo D. Diogo de Sousa mandou proceder à avaliação dos benefícios eclesiásticos incorporados na diocese de Braga, Cerdal rendia 714 réis e 7 pretos.

Em 1546, no registo da avaliação das mesmas igrejas, efectuada no tempo do arcebispo D. Manuel de Sousa, Santa Eulália de Cerdal rendia 60 mil réis.

Na cópia de 1580 do Censnal de D. Frei Baltasar Limpo, “‘uma terça” desta igreja, sem cura era da apresentação do mosteiro de Ganfei e as duas restantes, com curas, de leigos.

Segundo Américo Costa, Cerdal foi abadia apresentada em tempos remotos pelos Barbosas de Aboim, Garcias, Gondins, Pereiras e outros, por herança que lhes fora feita. Passou depois a ser dos Teles Vieiras, descendentes de Gabriel Pereira de Castro e dos Caldas de Vascões, por sentença obtida a seu favor de demandas que correram por muitos anos.

O abade era apresentado por duas vidas sucessivas pelos Teles Vieiras e na terceira, que era benefício simples, pelo mosteiro de Ganfei».

Fonte consultada: Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo, site da Câmara Municipal de Valença, Dicionário Enciclopédico das Freguesias Vol.1 e Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais). http://www.monumentos.pt.

251 826 921
freguesiadecerdal@gmail.com
 
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